Poliana Correia Lima
O solo é fundamental para a existência do homem, pois nele
que são produzidos boa parte dos nossos alimentos pela agricultura e a
pecuária. A ciência geográfica responsável pelo estudo dos solos é chamada de
pedologia. “O solo pode ser compreendido como o elemento mineral ou orgânico
que recobre a superfície do planeta e serve como meio natural para o
crescimento de plantas terrestres” (Albuquerque, Bigotto & Vitiello, 2010).
O processo de formação do solo é chamado de intemperismo,
que consiste nos fenômenos físicos, químicos e biológicos que agem sobre a
rocha e a conduzem à degradação e à formação de sedimentos. Existem três tipos de intemperismo:
Intemperismo físico, que degrada as rochas por conta de mudanças bruscas de
temperatura; Intemperismo químico, que decorre da ação das águas correntes que
reagem com os componentes minerais da rocha e alteram sua constituição;
Intemperismo biológico, que se caracteriza pela perda, por parte da rocha, de
nutrientes para espécies animais e vegetais que se desenvolvem em suas
superfícies. A imagem abaixo mostra a composição de um solo maduro.
Fonte: https://marianaplorenzo.com
O tipo de solo de um determinado lugar depende dos seguintes
fatores: o tipo de rocha matriz que o originou, o clima, a quantidade de matéria
orgânica, a vegetação que o recobre e o tempo que levou para ser formado. Os
solos também podem ser classificados em arenosos e argilosos. Os solos arenosos
apresentam uma quantidade de areia acima da média, secam mais rapidamente por
serem porosos e permeáveis, a água se infiltra com maior facilidade entre os
grãos de areia logo chega ás camadas mais profundas carregando os sais minerais
que serviriam de nutrientes para plantas.
Os solos argilosos, logicamente, apresentam argila, composta
de grãos de areia compactados, o que faz com que a retenção de água e sais
minerais seja maior. Isso explica a maior fertilidade desse tipo de solo para o
desenvolvimento de plantas. Porém, se o solo tiver argila em excesso, ele pode
reter muita água e dificultar a circulação do ar e o desenvolvimento de
plantas. No território brasileiro predominam alguns tipos de solos
característicos de algumas regiões: humífero, terra roxa e massapé.
O solo humífero, como o próprio nome já diz, é rico em húmus
e muito fértil. É característico de regiões onde a vida vegetal e a umidade
são intensas, como por exemplo, a Mata
Atlântica. O solo de terra roxa é bastante fértil e resulta da decomposição das
rochas arenito-basálticas. No Brasil, esta presente nas áreas ocidentais das
regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O solo massapé resulta da decomposição de
rochas como granito e gnaisse. Localiza-se na faixa litorânea do Nordeste
brasileiro.
A erosão do solo pode ser induzida ou acelerada pela ação
humana a paisagem natural. Tal fato gera inúmeras consequências, tais como:
perda de solos férteis, poluição da água e assoreamento dos mananciais,
degradação e redução da produtividade global, entre outros. A exposição do solo
aos agentes erosivos por meio da retirada da vegetação local faz com que ele
seja constantemente lavado, ocasionando uma voçoroca. A voçoroca corresponde a
uma erosão acentuada, que pode atingir o lençol freático e tornar inúteis,
áreas que antes eram utilizadas para agricultura e pecuária.
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