Poliana Correia Lima
O relevo terrestre é modificado pela ação de agentes
endógenos, que atuam no interior do planeta, como por exemplo, o tectonismo, e
pela ação de agentes exógenos, que atuam em contato direto com a superfície
terrestre, modelando o relevo, como por exemplo, água, vento, gelo e os seres
vivos. O relevo brasileiro tem formação antiga e foi originado,
principalmente, da ação das forças internas da Terra, como a movimentação das
placas tectônicas, as falhas e o vulcanismo. As principais formas de relevo
terrestre são montanhas, planaltos, planícies e depressões.
Os agentes externos são os principais responsáveis na
modelação do relevo terrestre. Para que esse processo aconteça, são realizadas
três fases distintas: erosão, transporte e deposição de sedimentos. A erosão é
o processo de degradação do solo provocado pelo intemperismo, que ocorre quando
a rocha está exposta aos agentes erosivos e sofre um desgaste provocado pelas
condições climáticas, que por sua vez, modificam o seu aspecto físico e sua
composição mineralógica. O transporte dos sedimentos é realizado pela ação da
gravidade, da água ou dos ventos. Já a deposição consiste na deposição dos
sedimentos dos ambientes erodidos.
Os principais responsáveis pela erosão, causada pelos
agentes externos, do relevo terrestre são: água, vento e gelo. Boa parte da
água, principal elemento modelador do relevo, precipita e forma caminhos em
direção a rios, lagos, lagoas e oceanos, que vão modelando o relevo e
transportando os sedimentos para as partes mais baixas do relevo. A ação da
água marinha ocorre no ponto de encontro entre o continente e o oceano, dando
origem a formas de relevo como falésias, restingas e tômbolos.
Os ventos são responsáveis pela erosão eólica que consiste
na retirada de sedimentos das rochas. A deposição de sedimentos em alta escala
forma as dunas, que no Brasil estão presentes, em sua maioria, no litoral
nordestino. O gelo está presente nas geleiras formadas nas regiões continentais
extremamente frias. “A erosão glacial ocorre pela incorporação e remoção, pelas
geleiras, de partículas ou detritos da superfície sob a qual elas se movem”
(Albuquerque, Bigotto & Vitiello, 2010). A água do degelo transporta sedimentos
para áreas baixas dando origem a diversos tipos de solo, como por exemplo, os
fiordes, braços de mar escavados em litorais montanhosos.
Dentre as formas de relevo da superfície terrestre, podemos
destacar quatro como as principais: Montanhas, planaltos, planícies e
depressões. As montanhas são formas de relevo acidentadas que apresentam as
altitudes mais elevadas do planeta. “Os planaltos são formas de relevo
constituídas por um conjunto de terras altas onde predominam ondulações”
(Albuquerque, Bigotto & Vitiello, 2010). As planícies são formas de relevo
planas que não apresentam grandes desnivelamentos. Já as depressões, são formas
de relevo rebaixadas que podem ser classificadas em absolutas, quando estão
situadas abaixo do nível do mar, e relativas, quando estão situadas acima do
nível do mar. A figura abaixo, ilustra as principais formas de relevo
terrestre.
Fonte: http://geografia-ensinareaprender.blogspot.com.br
O relevo brasileiro caracteriza-se pelo predomínio de áreas
de médias e baixas altitudes, já que no Brasil não houve a formação de
dobramentos modernos e os escudos cristalinos mais elevados foram desgastados
pelos agentes modeladores do relevo. Ao longo da evolução dos estudos
geográficos sobre o território brasileiro, o relevo do país apresentou diversas
classificações, porém a que mais se aproximou com os pressupostos da
geomorfologia foi a de Aziz Nacib Ab'Saber, na década de 1970. Para Ab'Saber, o
país estava dividido em dez compartimentos, sendo sete planaltos e três
planícies.
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