segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Solos

Poliana Correia Lima

          O solo é fundamental para a existência do homem, pois nele que são produzidos boa parte dos nossos alimentos pela agricultura e a pecuária. A ciência geográfica responsável pelo estudo dos solos é chamada de pedologia. “O solo pode ser compreendido como o elemento mineral ou orgânico que recobre a superfície do planeta e serve como meio natural para o crescimento de plantas terrestres” (Albuquerque, Bigotto & Vitiello, 2010).


          O processo de formação do solo é chamado de intemperismo, que consiste nos fenômenos físicos, químicos e biológicos que agem sobre a rocha e a conduzem à degradação e à formação de sedimentos.  Existem três tipos de intemperismo: Intemperismo físico, que degrada as rochas por conta de mudanças bruscas de temperatura; Intemperismo químico, que decorre da ação das águas correntes que reagem com os componentes minerais da rocha e alteram sua constituição; Intemperismo biológico, que se caracteriza pela perda, por parte da rocha, de nutrientes para espécies animais e vegetais que se desenvolvem em suas superfícies. A imagem abaixo mostra a composição de um solo maduro.

Fonte: https://marianaplorenzo.com

          O tipo de solo de um determinado lugar depende dos seguintes fatores: o tipo de rocha matriz que o originou, o clima, a quantidade de matéria orgânica, a vegetação que o recobre e o tempo que levou para ser formado. Os solos também podem ser classificados em arenosos e argilosos. Os solos arenosos apresentam uma quantidade de areia acima da média, secam mais rapidamente por serem porosos e permeáveis, a água se infiltra com maior facilidade entre os grãos de areia logo chega ás camadas mais profundas carregando os sais minerais que serviriam de nutrientes para plantas.

          Os solos argilosos, logicamente, apresentam argila, composta de grãos de areia compactados, o que faz com que a retenção de água e sais minerais seja maior. Isso explica a maior fertilidade desse tipo de solo para o desenvolvimento de plantas. Porém, se o solo tiver argila em excesso, ele pode reter muita água e dificultar a circulação do ar e o desenvolvimento de plantas. No território brasileiro predominam alguns tipos de solos característicos de algumas regiões: humífero, terra roxa e massapé.

          O solo humífero, como o próprio nome já diz, é rico em húmus e muito fértil. É característico de regiões onde a vida vegetal e a umidade são  intensas, como por exemplo, a Mata Atlântica. O solo de terra roxa é bastante fértil e resulta da decomposição das rochas arenito-basálticas. No Brasil, esta presente nas áreas ocidentais das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O solo massapé resulta da decomposição de rochas como granito e gnaisse. Localiza-se na faixa litorânea do Nordeste brasileiro.

          A erosão do solo pode ser induzida ou acelerada pela ação humana a paisagem natural. Tal fato gera inúmeras consequências, tais como: perda de solos férteis, poluição da água e assoreamento dos mananciais, degradação e redução da produtividade global, entre outros. A exposição do solo aos agentes erosivos por meio da retirada da vegetação local faz com que ele seja constantemente lavado, ocasionando uma voçoroca. A voçoroca corresponde a uma erosão acentuada, que pode atingir o lençol freático e tornar inúteis, áreas que antes eram utilizadas para agricultura e pecuária.

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