segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Camadas da Terra

Poliana Correia Lima

          A crosta terrestre, também conhecida como litosfera, é a camada mais superficial do planeta Terra e se estende por aproximadamente 6 370 km em direção ao centro. As elevadas temperaturas presentes no interior do planeta impossibilitam que pesquisadores tenham contato direto com as demais camadas terrestres, promovendo apenas o acesso dos primeiros quilômetros da crosta, por meio de perfurações. Para se ter uma maior precisão sobre as estruturas geológicas do interior do planeta, se usa o sismógrafo. Esse aparelho detecta ondas sísmicas que permitem localizar o hipocentro (centro das ondas) e o epicentro (ponto correspondente na superfície da crosta).

          O manto terrestre é a camada mais extensa da estrutura interior do planeta. Compeende o manto superior, que é a parte mais externa do manto e é constituído por um material mais plástico, com temperaturas e densidades menores e o manto inferior, que apresenta uma consistência quase líquida e com maior densidade. No manto, as rochas não se encontram no estado físico como na crosta terrestre. Nele, elas apresentam-se em uma consistência pastosa, que se torna cada vez mais fluida à medida que se aumentam as profundidades, uma vez que a principal geração de calor interno da Terra é o núcleo terrestre.

          O núcleo terrestre, posicionado abaixo do manto, é o mais quente das camadas do planeta Terra e esta dividido em núcleo externo, que se encontra no estado líquido, e núcleo interior, que se encontra no estado sólido. Sua composição predominante é o NIFE (níquel e ferro). As temperaturas oscilam entre 3.000ºC e 5.000ºC. Em razão de o núcleo interno ser uma bola maciça cercada por uma esfera líquida, seu movimento de rotação é mais rápido do que o da Terra, o que ajuda a explicar as origens e os efeitos do magnetismo do nosso planeta. A figura a seguir indica a localização das estruturas geológicas do planeta Terra.

Fonte: http://www.coladaweb.com

          Antes do conhecimento sobre placas tectônicas, eram feitas suposições de que os continentes já teriam feito parte de um único bloco de Terra, pois a partir da análise de mapas pôde-se perceber que os continentes se encaixavam como peças de um quebra cabeça. A Teoria da Deriva Continental surgiu oficialmente quando o alemão Alfred Wegener a formulou no ano de 1912 com base em teorias anteriores. Nela, Wegener defendia a origem de um único bloco de terras denominado Pangeia, que foi se fragmentando vagarosamente dando origem a dois grandes continentes: Laurásia e Gondwana.   

           Na década de 1960, surgiu uma nova teoria que foi mais aceita pelos cientistas, a Tectônica de Placas. De acordo com essa teoria, a crosta terrestre é formada por um conjunto de placas tectônicas que deslizam por causa das correntes de convecção no interior da Terra. Esse movimento das placas foi o que permitiu a separação da Pangéia e o surgimento dos continentes. Os locais de encontro das placas tectônicas representam as áreas de instabilidade. Nessas áreas o magma pode expelir por fendas formando os vulcões.

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